Grupo cobra ação contra 'apagão celeste' em distrito
Congeapa pede rigor no controle da iluminação que esconde constelações de Joaquim Egídio
As estrelas em Joaquim Egídio estão se apagando. Cada vez mais a iluminação do distrito e das cidades ao redor tira a possibilidade de observação da Via Láctea: das 65 constelações visíveis na latitude onde está Campinas, dez já não são mais vistas no Observatório Municipal Jean Nicolini.
O apagão celeste tende a aumentar com o avanço imobiliário. O Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (Congeapa), que iniciou debates nesta quarta-feira (7) sobre a iluminação, quer uma legislação mais rigorosa para a preservação da visibilidade das estrelas e a tranquilidade da fauna da APA.
O principal problema, segundo a coordenadora dos debates, Sandra Marques, da organização não governamental (ONG) Apa Viva, é a falta de fiscalização. A lei atual define normas que devem ser obedecidas em raios que vão de 300 metros a 10km do observatório, mas que não são cumpridas. “Vamos ouvir especialistas para, no final, ter um elenco de medidas a serem adotadas e propostas para uma nova legislação, mais rígida, que regule as luzes na APA. Temos falta de fiscalização. Temos uma lei que precisa de regulamentação e a discussão tem que ser ampla. Hoje há restrições num raio de 10 quilômetros do Observatório, mas isso não vai proteger as observações e nem a APA”, afirmou.
Segundo ela, há muitas irregularidades cometidas e multar não adianta. “Precisamos ser proativos, ver como resolver a questão de forma que as pessoas possam ter mais consciência e colaborar”, afirmou.
O astrônomo Julio Lobo, que há 36 anos trabalha no Observatório Municipal, disse que no início era possível ver cerca de 6 mil estrelas a olho nu em Joaquim Egídio. Hoje, não ultrapassam 2 mil. No horizonte já não se vê mais nada. “Somos afetados pela luz de Campinas, de Morungaba, Itatiba e a luta é para preservar o céu para futuras gerações porque da forma como as coisas estão indo, logo as crianças só verão as estrelas em computador”, afirmou.
Para ele, falta boa vontade de todos, porque é possível iluminar uma rua sem que a luz atrapalhe. “O problema é que as pessoas iluminam o céu e não o chão. Lá no Pico das Cabras a gente olha para Campinas e vê a luminosidade intensa. Antes atingia 10 graus e hoje chega a 30 graus”, afirmou. Na área urbana de Campinas, informou, só se consegue ver 30 constelações integralmente e dez parcialmente.
O apagão celeste tende a aumentar com o avanço imobiliário. O Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (Congeapa), que iniciou debates nesta quarta-feira (7) sobre a iluminação, quer uma legislação mais rigorosa para a preservação da visibilidade das estrelas e a tranquilidade da fauna da APA.
O principal problema, segundo a coordenadora dos debates, Sandra Marques, da organização não governamental (ONG) Apa Viva, é a falta de fiscalização. A lei atual define normas que devem ser obedecidas em raios que vão de 300 metros a 10km do observatório, mas que não são cumpridas. “Vamos ouvir especialistas para, no final, ter um elenco de medidas a serem adotadas e propostas para uma nova legislação, mais rígida, que regule as luzes na APA. Temos falta de fiscalização. Temos uma lei que precisa de regulamentação e a discussão tem que ser ampla. Hoje há restrições num raio de 10 quilômetros do Observatório, mas isso não vai proteger as observações e nem a APA”, afirmou.
Segundo ela, há muitas irregularidades cometidas e multar não adianta. “Precisamos ser proativos, ver como resolver a questão de forma que as pessoas possam ter mais consciência e colaborar”, afirmou.
O astrônomo Julio Lobo, que há 36 anos trabalha no Observatório Municipal, disse que no início era possível ver cerca de 6 mil estrelas a olho nu em Joaquim Egídio. Hoje, não ultrapassam 2 mil. No horizonte já não se vê mais nada. “Somos afetados pela luz de Campinas, de Morungaba, Itatiba e a luta é para preservar o céu para futuras gerações porque da forma como as coisas estão indo, logo as crianças só verão as estrelas em computador”, afirmou.
Para ele, falta boa vontade de todos, porque é possível iluminar uma rua sem que a luz atrapalhe. “O problema é que as pessoas iluminam o céu e não o chão. Lá no Pico das Cabras a gente olha para Campinas e vê a luminosidade intensa. Antes atingia 10 graus e hoje chega a 30 graus”, afirmou. Na área urbana de Campinas, informou, só se consegue ver 30 constelações integralmente e dez parcialmente.
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