quarta-feira, 6 de agosto de 2014


Grupo cobra ação contra 'apagão celeste' em distrito

Congeapa pede rigor no controle da iluminação que esconde constelações de Joaquim Egídio


As estrelas em Joaquim Egídio estão se apagando. Cada vez mais a iluminação do distrito e das cidades ao redor tira a possibilidade de observação da Via Láctea: das 65 constelações visíveis na latitude onde está Campinas, dez já não são mais vistas no Observatório Municipal Jean Nicolini. 

O apagão celeste tende a aumentar com o avanço imobiliário. O Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (Congeapa), que iniciou debates nesta quarta-feira (7) sobre a iluminação, quer uma legislação mais rigorosa para a preservação da visibilidade das estrelas e a tranquilidade da fauna da APA.

O principal problema, segundo a coordenadora dos debates, Sandra Marques, da organização não governamental (ONG) Apa Viva, é a falta de fiscalização. A lei atual define normas que devem ser obedecidas em raios que vão de 300 metros a 10km do observatório, mas que não são cumpridas. “Vamos ouvir especialistas para, no final, ter um elenco de medidas a serem adotadas e propostas para uma nova legislação, mais rígida, que regule as luzes na APA. Temos falta de fiscalização. Temos uma lei que precisa de regulamentação e a discussão tem que ser ampla. Hoje há restrições num raio de 10 quilômetros do Observatório, mas isso não vai proteger as observações e nem a APA”, afirmou.

Segundo ela, há muitas irregularidades cometidas e multar não adianta. “Precisamos ser proativos, ver como resolver a questão de forma que as pessoas possam ter mais consciência e colaborar”, afirmou.

O astrônomo Julio Lobo, que há 36 anos trabalha no Observatório Municipal, disse que no início era possível ver cerca de 6 mil estrelas a olho nu em Joaquim Egídio. Hoje, não ultrapassam 2 mil. No horizonte já não se vê mais nada. “Somos afetados pela luz de Campinas, de Morungaba, Itatiba e a luta é para preservar o céu para futuras gerações porque da forma como as coisas estão indo, logo as crianças só verão as estrelas em computador”, afirmou.

Para ele, falta boa vontade de todos, porque é possível iluminar uma rua sem que a luz atrapalhe. “O problema é que as pessoas iluminam o céu e não o chão. Lá no Pico das Cabras a gente olha para Campinas e vê a luminosidade intensa. Antes atingia 10 graus e hoje chega a 30 graus”, afirmou. Na área urbana de Campinas, informou, só se consegue ver 30 constelações integralmente e dez parcialmente.



Primeira reunião de planejamento do Curso de Coletivo Educador para Jovens da Estação Ambiental Joaquim Egídio





Coletivo de municípios – Sandro Tonso – arquiteto de formação e educador .

A idéia do verde foi ampliada.
Situação ecológica = relações sociais (valores , comportamentos, conflitos – temperos. Ex:  uso da água . comitês PCJ, etc.
O que é valioso para nós??
“Ou é para todos ou não é eticamente correto”.Sandro Tonso.
Modelos hegemônicos de felicidade e de desenvolvimento. “Somos todos diferentes um dos outros”.

Problemas complexos com solução com diversas facetas.
A sociedade é formada por indivíduos isolados , individualistas que se organizam por grupos ou bandos em área de interesse comum!

Círculos, coletivos ,comunidades.
Juntar os diferentes.
Informações e técnicas diversas – vantagem
Política= o todo , o coletivo

A solução dos problemas não está no que eu sei e sim no que eu não sei, está no outro.
Carlos Rodrigues Brandão. Educador

Educere – E- ducere ( condutor) conduzir para fora,
É um movimento , um processo de conduzir de dentro para fora.
Educação deve ser um processo libertador e não de opressão.
Sensibilizar, troca e apropriação de informações, sentirmos sobre o que sabemos, propiciar posicionamento político, estimular a ação de transformação do mundo.Sair da mesmice.
Economia de água. Economia solidária não no bolso e  sim saber que alguém em outro lugar tem escassez dela.
Enriquecer com trocas de informações
Conhecer-se, saber-se sabedor de algo, exercício de respeito a alteridade ( o saber do outro).
Sentimento de pertencimento ( nosso grupo)
Exercício de diálogo, de ouvir e falar.
Enxergar-se numa produção coletiva.
Deixar-se interferir pelo outro.
Sentir-se importante.
Posturas, valores, sentimentos, dignidade , orgulho.
Manoel de Barros, poeta de pantanal.(Guardador de águas).
Processo de construção de importâncias das pessoas.
Importar- trazer para dentro de mim.
Fundamental: que eu me conheça melhor.
Que eu seja mais íntimo de mim.
Que eu saiba quais são as causas dos meus afetos
( Spinosa).
A importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.
Educar é o que encanta as pessoas, se não descobrirmos o que encanta não poderá se educar.
Paulo Freire: educar e educar-se.
Dar liberdade, reconhecer a liberdade.
Boaventura de Sousa Santos: “ eu tenho direito de ser igual se a diferença me inferiorizar  e de ser diferente se a igualdade nos padronizar”.







Primeira Reunião de Planejamento do Curso de Coletivo Educador para Jovens da Estação Ambiental Joaquim Egídio agosto de 2014